23 de novembro de 2010

Solos do Cerrado

“O conceito de pobreza ou deficiência de fertilidade do solo é oriundo da agronomia moderna que definiu os macro e microelementos químicos (nutrientes) que fazem um solo ser considerado rico ou pobre em nutrientes. [...] esta definição tem a ver com as exigências das principais culturas alimentares do mundo que não são iguais, por exemplo, às das plantas frutíferas do cerrado, como pequi, buriti, araticum, mangaba, cagaita, cajuzinho, bacuri etc., que são ricas em nutrientes e sempre fizeram parte da dieta dos povos do cerrado. Essas plantas nascem, crescem e produzem, com um nível razoável de fartura, em condições chamadas por essa agronomia de baixa fertilidade e alta acidez dos solos, inclusive com níveis de alumínio considerados tóxicos.”

(SILVA, C. E. M. O cerrado em disputa: apropriação global e resistências locais. Brasília: Confea, 2009, p. 28.)

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