13 de julho de 2011

Com tarifas mais baratas, Air Lorem aposta em auto-serviço de bordo

Passageiro paga menos na tarifa, mas tem que fazer o próprio café. Galões de água e máquina de água quente completam o auto-serviço de bordo.

Da redação

Começou a operar hoje (13/06), em São Paulo, a primeira companhia aérea do mundo administrada apenas por geógrafos. "A Air Lorem veio ao mercado para conectar não-lugares", explica Mariana Oliveira, Diretora de Marketing da empresa. O primeiro trecho operado pela Air Lorem, já autorizado pela Anac, ligará Campos de Jordão, no interior paulista, ao parque Temático Beto Carrero, em Santa Catarina.

Com tarifas cerca de 70% mais baixas do que as praticadas no mercado, a Air Lorem é a primeira aérea no Brasil a adotar o conceito de auto-serviço de bordo, onde o passageiro faz o seu café, coloca água no bebedouro e na máquina de água quente. "Substituímos as aeromoças por estagiárias de Geografia para reduzir os custos e operar com preços mais acessíveis ao consumidor", diz Adriano Rangel, Presidente da companhia.

Outra inovação da Air Lorem é o programa de milhagens em banco de horas. "Cada passageiro recebe um crachá personalizado. Quanto mais tempo permanece em nossos aviões, mais tempo terá que voar conosco em outras oportunidades", explica Erico Candido, Diretor de Relacionamentos da empresa.

A frota da Air Lorem conta com três Airbus modelo A-300. As rotas aéreas da nova empresa aérea foram roteirizadas por Lívia Navarro, a mesma profissional que inovou ao oferecer baias de trabalho no lugar das poltronas. "O nosso lema é Always working", diz Navarro.

As passagens aéreas da Air Lorem podem ser adquiridas num objeto de aprendizagem especialmente desenvolvido para a empresa. Para acessar as informações, clique nos campos ativos em destaque na tela.

24 de fevereiro de 2011

Os terremotos e a ilusão de terra firme

Porto Príncipe, capital do Haiti, após terremoto que devastou diversas localidades do país.
A Terra é um planeta dinâmico. Os primeiros continentes foram formados há mais de quatro bilhões de anos, com aparência e dimensões bem diferentes das que conhecemos hoje. Se a idade da Terra (4,56 bilhões de anos) fosse reduzida ao tempo de apenas um ano, os primeiros membros da nossa espécie surgiriam somente às sete horas e doze minutos da noite do dia trinta e um de dezembro. Na escala do tempo geológico do planeta, a sensação que temos de terra firme não passa de mera aparência. Os terremotos são uma das evidências dessa dinâmica planetária. Metade da população mundial mora em áreas sujeitas a terremotos. A maior parte desses tremores não causa danos materiais, embora seja, muitas vezes, percebida pelas pessoas. No mundo, o chão balança levemente cerca de cinquenta mil vezes por ano. Anualmente, cerca de oito mil terremotos possuem maior intensidade e podem causar estragos nos vidros de casa. Esses tremores têm entre 4 e 4,9 graus na escala Richter. Os tremores que provocam danos em construções, como rachaduras nas paredes, ocorrem cerca de 1.500 vezes por ano, em diversas partes do planeta. A sua intensidade varia entre 5 e 5,9 graus na escala Richter. Os tremores com mais de 6 graus na escala Richter possuem grande poder de destruição. Eles ocorrem aproximadamente 170 vezes por ano e, quanto mais intensos, vitimam um número maior de pessoas e destroem construções. Os terremotos mais fortes do mundo, superiores a 8 graus na escala Richter, acontecem, em média, uma vez a cada oito meses.

14 de fevereiro de 2011

Uma boa educação começa com bons professores

Hoje vamos utilizar um Objeto de Aprendizagem para você, professor. Esse vídeo mistura animação com tipografia; seria o que chamamos de tipografia animada.
 
O vídeo chama-se Waiting for a superman, baseado no documentário de Davis Guggenheim que leva o mesmo nome. O filme conta em um minuto e meio, de forma muito delicada e colorida, como o diretor se relacionava com a escola e o motivo que o levou a fazer o documentário, “Eu nunca tive uma boa escola, tive bons professores”, afirma Davis. Ele teve no referencial de seu professor um incentivo para se expressar, trabalhando a auto-estima e valorizando suas habilidades, mesmo sendo um aluno “C-“ (nota mais baixa no critério de avaliação do sistema educacional dos EUA).

Ter a oportunidade de influenciar positivamente e mudar a vida de alguém faz parte da profissão de professor, que é algo parecido com a prática de um explorador, que intui os melhores caminhos para conduzir sua tripulação em busca de novas descobertas.

Assista o vídeo, em Inglês


Waiting for "Superman" from Sol Linero on Vimeo.

11 de fevereiro de 2011

Os Simpsons: surpreendentemente na sala de aula

Escrito em parceria com Cibele Assensio e Adriano Rangel


Se Os Simpsons é, por si só, um objeto privilegiado para inúmeras discussões geopolíticas, dadas as situações vividas pela família ícone do "american way of life", imagine quando um artista engajado resolve criar sua própria versão para a abertura da série. Foi o que fez Banksy - um polêmico artista inglês que não revela sua identidade e foi recentemente indicado ao Oscar - a partir do modelo original de abertura dos Simpsons, colocando em jogo a exploração que torna possível a existência dos personagens queridinhos no mundo todo.

O clássico momento de abertura, em que os personagens estão sentados no sofá, é tomado de repente por um silêncio macabro. Entram em cena, então, trabalhadores chineses numa linha de produção. Uma imensidão de mão de obra barata em condições deploráveis, pintando chapas dos personagens, costurando bonequinhos e produzindo CDs do desenho animado. É um contraste assustadoramente real com a animação colorida das cenas anteriores.

 Talvez os alunos jamais imaginariam assistir algo dos Simpsons na sala de aula. Ainda mais uma abertura como essa, que apresenta diversos elementos para discussão, entre eles globalização e consumo. A Geografia das apostilas e do quadro negro ganha um sentido mais amplo quando  é apresentada e discutida a partir de um elemento presente no cotidiano dos alunos. O desenho animado assistido no computador ou na televisão de casa pode, sim, ser um elemento motivador do conteúdo explorado no currículo escolar.

Assista a abertura produzida por Banksy para Os Simpsons. Clique aqui para ver alguns quadrinhos do storyboard da animação.

20 de janeiro de 2011

Jogo educativo não pode ser chato, diz desenvolvedor de City Rain

Direto da Campus Party Brasil


“Muitos games educativos são desanimadores e subestimam a capacidade do aluno”, alertou, em palestra realizada hoje (20) na Campus Party, o programador Túlio Soria, um dos desenvolvedores do jogo City Rain. Os jogos com fins educacionais, na visão do gamer, devem ser divertidos, desafiantes e motivadores para a construção do conhecimento. “O jogo fala a língua da geração Z, acostumada a games bastante elaborados”, ressaltou, em referência aos nativos digitais.

A proposta do City Rain, jogo desenvolvido por Soria e outros colegas ainda na época da faculdade, é a de transformar o aluno em prefeito de uma cidade. O objetivo é a solução de problemas sociais, econômicos e ambientais típicos de um centro urbano, com foco na sustentabilidade. Os desafios são lúdicos, mas as questões apresentadas no jogo têm relação com a realidade e estimulam o aprendizado por meio da criatividade, da análise e da rapidez. “O aluno vai se divertir mais se estiver imerso num ambiente desafiador”, explicou Túlio.

Durante o game, o jogador deve indicar, por exemplo, o local mais adequado para a construção de um aterro sanitário. Além disso, tem que estar atento aos índices de qualidade de vida na cidade e ao dinheiro em caixa. As decisões devem ser ágeis, pois as intervenções urbanas caem do céu, como num jogo de Tetris. Uma atitude errada faz o nível de sustentabilidade da cidade diminuir, o que não é nada bom para os habitantes do lugar.

Os temas abordados no jogo chegam a quarenta, garantiu Soria, e servem como ponto de partida para o trabalho do professor em sala de aula. Uma versão especialmente voltada às escolas foi desenvolvida a partir do City Rain, a Cidade Verde, com jogabilidade mais fácil. Alunos de vinte escolas públicas já utilizam o jogo nas aulas de Geografia.

Apesar da potencialidade dos jogos educativos, não é fácil desenvolver projetos nesse sentido no Brasil. O tempo e o investimento empregados na elaboração de um jogo como o City Rain são os maiores problemas enfrentados pelas empresas. “Levamos um ano e meio para desenvolver o game e utilizamos verba pública”, explicou Soria. O jogo é vendido por R$ 9,90 no site http://www.ovologames.com/cityrain/BR/.